sexta-feira, 12 de junho de 2009

A minha gratidão é uma pessoa


Penso que a covardia seja uma característica não muito bem aceita, quando manifesta nos homens. De igual modo, o medo. Entretanto, por mais que a covardia pareça uma conseqüência do medo, as semelhanças terminam por aqui.

A princípio, a virilidade não compactua com nenhum dos dois elementos. Mas, o medo é algo inerente ao gênero masculino, contrapondo a idéia de que o homem é corajoso por natureza. Na verdade, é sua relação com o sexo oposto o modulador dessa característica, a mulher encoraja o homem.

O passo a diante dado pelo homem vem da mulher, não como permissão, mas como incentivo. Não que a mulher seja a detentora da coragem, e a cede ao homem no momento em que a marcha se torna instável para o próximo passo. O fato é que a sensibilidade feminina sofre uma metamorfose para então, no macho, ser coragem.

Esse mistério metamórfico da relação homem/mulher remete a um dos quatro elementos da natureza: o fogo. E como “fogo que arde sem se ver”, segundo Camões, os elementos expostos se moldam e, nesse mesmo processo, se purificam, tornam-se mais limpos, e, consequentemente, mais valiosos.

Não é bom que o homem fique só. Pensando nisso, criou Deus uma auxiliadora idônea. E “como arroz e feijão, a perfeita combinação, a soma de duas metades”, homem e mulher, juntos, são completos.

À minha linda companheira